sábado, abril 22, 2006

spun

sem que nos apercebamos
o tempo corrói as últimas lembranças daqueles tempos
onde a doença ainda não tinha chegado nem o corpo
morria a cada segundo em que a droga nos penetrava
em pleno pecado

sabíamos que a vida estava um passo diante de nós
não precisávamos da luz que a janela constantemente
nos oferecia - chamamento divino de quem já não
sabia gritar por auxílio

éramos novos
estávamos a descobrir o vício do prazer


Rui Alberto, poema antigo agora rescrito.