Palavra-Barro
De tudo o que gravita
ficou-se-me o Tempo
em que fui terra, pedra dura,
para me vires tu juntar a sede
e da matéria inerte
dares-me vida.
Com as tuas mãos de oleiro,
demiurgo inconsciente,
moldavas-me as formas,
cingias-me o corpo com ternura
(até me fizestes uma pintura!)
Mas olvidado foi de teu pensamento
que à matéria informe
não se lhe quebra o modelo.
Hoje caída, despedaçada,
sou caco disperso, vazio,
metade de algo, nada.
ficou-se-me o Tempo
em que fui terra, pedra dura,
para me vires tu juntar a sede
e da matéria inerte
dares-me vida.
Com as tuas mãos de oleiro,
demiurgo inconsciente,
moldavas-me as formas,
cingias-me o corpo com ternura
(até me fizestes uma pintura!)
Mas olvidado foi de teu pensamento
que à matéria informe
não se lhe quebra o modelo.
Hoje caída, despedaçada,
sou caco disperso, vazio,
metade de algo, nada.
A.C.
2 Comments:
los felicito por los poemas que pusieron. Todos son de una gran intensidad y me maravilla encontrar jóvenes poetas que escriben tan bien. Leo en portugués pero no lo hablo y admiro la musicalidad del idioma, tan parecido al español y tan distinto. Yo también escribo poemas y escribo en un foro de poesía en español. Me gustará leer más de ustedes pronto. Saludos. Myriam.
Gostei do que vim aqui ler. Bom, bastante bom.
Espero voltar.
Abraços,
Tiago Tejo
http://arrepiocardiaco.blogspot.com
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