domingo, março 19, 2006

Palavra-Barro

De tudo o que gravita
ficou-se-me o Tempo
em que fui terra, pedra dura,
para me vires tu juntar a sede
e da matéria inerte
dares-me vida.

Com as tuas mãos de oleiro,
demiurgo inconsciente,
moldavas-me as formas,
cingias-me o corpo com ternura
(até me fizestes uma pintura!)

Mas olvidado foi de teu pensamento
que à matéria informe
não se lhe quebra o modelo.
Hoje caída, despedaçada,
sou caco disperso, vazio,
metade de algo, nada.

A.C.

2 Comments:

Blogger elescaramujo said...

los felicito por los poemas que pusieron. Todos son de una gran intensidad y me maravilla encontrar jóvenes poetas que escriben tan bien. Leo en portugués pero no lo hablo y admiro la musicalidad del idioma, tan parecido al español y tan distinto. Yo también escribo poemas y escribo en un foro de poesía en español. Me gustará leer más de ustedes pronto. Saludos. Myriam.

3:40 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Gostei do que vim aqui ler. Bom, bastante bom.
Espero voltar.

Abraços,
Tiago Tejo

http://arrepiocardiaco.blogspot.com

4:28 da manhã  

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