«O desconhecido não esmaga o vazio.»
E. Jabès
Se a tua face está em toda
a criação celeste do mundo
sob que espaço do humano te ergues?
No pensamento.
Serás a obra, a cor, o pigmento,
ou o espaço vazio da entrelinha,
o silêncio?
O deslumbramento.
Se és o divino, luz que
cada ideia encerra (abre)
em que parte do negro habitas?
O príncipio, o fim, ou o meio?
(Nada revelas que não interrogues,
serás tu a questão?)
O Ser no Não-Ser, o caos, o nada.
O que haverá depois de ti, antes de ti,
para além de ti?
Quem és em mim?
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